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Economia

Juros altos: entenda como fica a economia

Se você quer saber como funcionam os juros altos e como esse cenário influencia na economia, aqui te explicamos de um jeito descomplicado.

Afinal, muitos brasileiros ainda não entendem por que o salário, de repente, deixa de render e sobra conta no final do mês.

Por isso, se você quer saber tudo sobre os juros altos na nossa economia, confira agora tudo que preparamos para você sobre esse assunto.

Afinal, como fica a economia com a alta dos juros?

Juros altos: entenda como fica a economia ( Imagem: Tânia Rêgo: Agência Brasil)
Juros altos: entenda como fica a economia (Foto: Tânia Rêgo: Agência Brasil)

Em primeiro lugar, é bom destacar que a taxa de juros, quando está em alta, desencoraja a compra. O problema é que essa queda pode congelar a economia

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Afinal, a taxa básica de juros, a Selic, está hoje em dia em 13,75% ao ano, maior patamar desde 2016.

Dessa forma, as expectativas agora se voltam para a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central (BC), nos dias 21 e 22 deste mês.

Acontece que, segundo Ramon Coser, especialista da Valor Investimentos, a atual taxa é resultado do encarecimento dos financiamentos de forma geral, como de:

  • carros,
  • imóveis,
  • eletrodomésticos e eletrônicos, muito comuns no Brasil, uma vez que o crédito se torna mais caro.

“Os juros altos tornam caro o custo do financiamento do carro. Então as pessoas deixam de comprar veículos, por exemplo”, diz Coser.

Queda na confiança do consumidor

Por outro lado, há ainda mais um ponto que chama atenção. Afinal, Patrícia Krause, economista-chefe para a América Latina da Coface, recorda ainda que os dados da confiança do consumidor também apresentaram queda no último mês.

Assim, Segundo ela, ainda que a Selic esteja estável, “a taxa média de juros do sistema bancário segue em ascensão”.

Veja o que ela disse:

“Isso por conta de uma deterioração dos indicadores de inadimplência, assim como uma percepção maior de risco. Isso acaba afetando as famílias, em um momento que já estão endividadas. Logo, afeta o consumo e a propensão do consumo”.

Número de inadimplentes cresceu

Em contra partida, é importante destacar que, em cinco anos, o número de brasileiros inadimplentes teve um aumento expressivo:

  • de 59,3 milhões, em janeiro de 2018,
  • para 70,1 milhões, em janeiro de 2023.

Ou seja, um recorde na série histórica, como mostrou um estudo inédito da Serasa Experian.

Valor das dívidas também subiu

Além de aumentar o número de inadimplentes, também é importante destacar que há um aumento no valor da dívida que é R$ 4.612,30 atualmente, enquanto que em janeiro de 2018, era R$ 3.926,40.

Ou seja, houve um crescimento de 19% no período.

Por outro lado, Krause reforça que o congelamento da economia se dá justamente pelo encarecimento do crédito e a menor demanda pelos bens dependentes do mesmo.

Dessa forma, a economista lembra ainda que os investimentos se tornam mais caros.

“Temos o impacto pela ótica da demanda. A parte de consumo que é afetada pela piora das condições de crédito, os bens mais dependentes de crédito como veículos, eletrônicos, eletrodomésticos são menos adquiridos. Além disso, os investimentos. Com uma taxa mais alta, isso inibe novos investimentos uma vez que o custo é mais elevado”, disse.

Governo aposta em reforma tributária

Para driblar a inflação, o atual governo aposta em 2 frentes:

  • a reforma tributária e
  • a nova regra fiscal que deve ser apresentada pela Fazenda.

Vale destacar ainda que no último dia 13, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, defendeu que a reforma tributária somada à nova ancoragem fiscal vão ajudar numa “redução de taxa de juros extremamente necessária”.

Além disso, ainda deve contribuir para o aumento de exportações com redução do acúmulo de crédito.

“A inflação não é de demanda, não faz sentido uma taxa tão alta. Não é a Selic que vai resolver”, comentou.

Nas últimas semanas, o presidente Lula reclamou sobre a taxa Selic de 13,75% e da gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central.

Veja também: O que esperar da Mercedes e de Lewis Hamilton na F1?

Dessa forma, agora que você sabe tudo sobre como os juros altos influenciam na economia, é só continuar acompanhando para descobrir o que o governo deve fazer a respeito.

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